segunda-feira, 3 de junho de 2013

[PÓS-JOGO] Brasil 2x2 Inglaterra - Amistosos Internacionais 2013

por Claudio Dirani...
Amantes do futebol, boa tarde!


Relaxou, empatou

Brasil mostra insegurança e substituições equivocadas. Empate ficou no lucro.


Já cansei de ser o caubói solitário para defender os jogos da atual seleção (leia 2010-2014). Mais do que todo mundo que conheço, sempre tive na ponta da língua as desculpas para o futebol desinteressado e sem garra.


Sim...jogar mal é normal. Acho que até os times poderosos jogam mais abaixo da média do que em alto nível. Por isso, a implicância com a seleção tem sido mais da entrega do que outra coisa.
Nos jogos recentes sob o comando de Felipão, entreguei a toalha!


Não é implicância com o treinador. Mas com o comportamento do mesmo dentro e fora de campo. Tenho a impressão de que Felipão sofre de complexo divino. Os cartolas da CBF ratificaram esse pensamento, tirando Mano Menezes para colocar o um profissional há tempos ultrapassado.


Talvez isso tenha até contaminado os jogadores da seleção, mas isso não é 100%. Desde Mano Menezes, os jogadores que esperávamos desequilibrar decepcionam muito. Hoje, no empate contra os ingleses no primeiro jogo oficial do novo Estádio Mario Filho - o Maracanã - a equipe comandada por Felipão, ao menos mostrou vontade. Abriu o placar, relaxou, tomou o empate e a virada, mas conquistou um empate redentor por 2 a 2, graças à tabela entre o ex-são paulino Lucas e Paulinho, que concluiu em bela batida de primeira, em sem-pulo.


O jogo

Na partida de hoje contra a Inglaterra, no renovado Maracanã - uma espécie de revanche contra o English Team (perdemos 2 a 1 em fevereiro) -, a costumeira palidez da Seleção Canarinho deu uma trégua no primeiro tempo. Com a Inglaterra atuando em seu campo, deixando apenas Walcott na pressão da nossa zaga (em especial, David Luiz), o Brasil deu as cartas, com dois volantes mais plantados em cada lado (Paulinho e Luis Gustavo), liberando Oscar pela direita, Hulk, fechando o meio pela esquerda, como um falso ponta, Neymar livre, adiantado pela esquerda, e Fred como a referência com bastante movimentação. O ataque também funcionou pelas laterais, apesar do irregular Daniel Alves, que exagerou um pouco nas finalizações no primeiro tempo. 


Este comportamento equilibrado do Brasil resultou em duas finalizações de perigo moderado de Neymar, uma cabeçada perigosa de Fred, além de um bom chute de Daniel Alves e lances agudos de Oscar, pela direita. Oscar, aliás, que sofreu uma falta clara a 10 centímetros da área, ignorada pelo juiz colombiano, WIlmar Roldan.  Se você se esqueceu da Inglaterra nesse meu comentário do primeiro tempo, foi exatamente porque ela foi inoperante. A exceção fica para lance perigoso, após chute de Walcott, que aproveitou falha do lado esquerdo brasileiro. A bola foi bem defendida por Júlio César.


Relaxamento

Quem viu o Brasil no primeiro tempo, se não suspirou de alegria, ao menos se empolgou com uma vitória. No início da segunda metade do confronto, o time voltou acesso. Hernanes voltou na posição de Luz Gustavo, e se deu bem em sua primeira jogada ofensiva. Após chute por cobertura, o goleiro Hart deu rebote para Fred abrir o placar, de primeira. Mas foi só marcar o gol para o Brasil relaxar. O apetite de povoar o campo inglês morreu, e isso fez com que o técnico Roy Hodgson arriscasse. Sua substituição, ao colocar Chamberlain para reforçar o ataque bretão deu resultado. Após linha de passe na cabeça de área brasileira, o Paulinho e Hernanes não conseguiram desarmar e Chamberlain agradeceu, após conclusão de média distância. 1 a 1. Em nova falha do Brasil, desta vez de Thiago Silva, que estava adiantado e perdeu dividida na lateral, Rooney provou que desequilibra, com belo chute colocado no canto esquerdo de Julio César.


As substituições de Felipão provaram ser confusas, mas uma jogada bem arquitetada por Lucas pela direita, atuando como verdadeiro ponta, encontrou Paulinho livre, quase na marca de pênalti. Conclusão certeira para o 2 a 2. Logo após o gol, Paulinho saiu dando lugar para Bernard.


Resumo: O teste foi válido. A Inglatera é muito bem mais preparada taticamente. Sabe o que quer. O Brasil mostrou vontade, porém, a indefinição da escalação pode atrapalhar. Os volantes começaram bem fixos. Somente com a entrada de Fernando para ficar à frente da zaga liberou Paulinho para mais ações ofensivas. Neymar - que havia jogado razoavelmente bem no início - desapareceu na segunda etapa. Com o 2 a 2, o Brasil se arrasta na tentativa de conquistar um triunfo sobre uma seleção de expressão. E a exemplo do jogo contra o Chile, no novo Mineirão, saímos na frente, tomamos a virada, e fomos obrigados a suar para sair da partida sem vergonhosa derrota em casa. 


O torcedor ainda vai sofrer muito na Copa das Confederações. Antes disso, ainda tem a França na Arena Grêmio, domingo que vem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário