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Pela quinta vez, somente neste primeiro semestre do ano, Atlético Mineiro e São Paulo se enfrentaram, o jogo aconteceu no estádio Independência em Belo Horizonte, local em que o Galo ainda está invicto desde a sua reinauguração. As duas equipes vinham de um retrospecto positivo no meio de semana: o Atlético está com a cabeça nas semifinais da Libertadores, depois do empate heroico de quinta-feira, o São Paulo vem de uma goleada de 5x1 sobre o Vasco no Morumbi.
As duas equipes vieram desfalcadas, Jadson na Copa das Confederações, Luis Fabiano e Ganso contundidos não jogaram pelo São Paulo e no Atlético, Rever e Bernard também servindo à seleção não atuaram. O jogo começou sem muita intensidade, pelas palavras do capitão São Paulino Rogério Ceni, sem a mesma intensidade dos jogos do mata mata da Libertadores. Mas desde o início da partida a superioridade da equipe visitante era nítida, o São Paulo buscou o ataque durante todo o primeiro tempo e o Atlético se defendia bem, mas quando partia em velocidade no contra ataque, com Ronaldinho, Luan e Diego Tardelli, sempre chegava com perigo. O que chamou a atenção foi o fato do São Paulo jogar melhor, no ataque, marcando o adversário em seu campo de defesa e o Atlético Mineiro, que desde o início do ano vem fazendo atuações irretocáveis no Estádio Independência, jogando como se fosse fora de casa.
Aos 35 do primeiro tempo a primeira chance real de gol, nem escanteio cobrado pelo São Paulo o herói da Libertadores, Victor, saiu mal e deixou a meta escancarada para Lúcio cabecear, sorte do Atlético que Marcos Rocha salvou, também com a cabeça, em cima da linha. O Galo respondeu com Luan, que recebeu na grande área e ficou cara a cara com Rogério Ceni, mas no momento da finalização foi desarmado por Paulo Miranda. Ainda no primeiro tempo, Marcos Rocha desceu no contra ataque, pegou uma bola quase perdida na lateral direita e cruzou na medida para Luan, que novamente na cara do gol, finalizou mal e mandou para fora.
O segundo tempo começou da mesma forma que acabou o primeiro, com o São Paulo atacando mais e, principalmente, com muito mais posse de bola, 70% contra 30% do Galo. O Atlético contra atacava e levava mais perigo à meta de Ceni com as bolas paradas de Ronaldinho. Logo aos 9 minutos, Ronaldinho surpreendeu Rogério ao tocar para Jo uma falta na entrada da área, o camisa 7 do Atlético dominou e chutou por cima, a bola ainda resvalou no travessão. Mas a maior chance de gol aconteceu logo depois, aos 12 minutos, em uma ótima jogada na direita do ataque, Aluísio levou a melhor para cima do ex-tricolor Rycharlisson e cruzou para Osvaldo, com o gol aberto e Victor já fora do lance o atacante São Paulino pegou mal na bola e chutou por cima. Tudo indicava que o tricolor do Morumbi acabaria com a invencibilidade do Atlético em casa, no entanto, aos 16 minutos do segundo tempo, Denilson parou uma jogada com a mão recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Mesmo com um a menos em campo o São Paulo continuou buscando o ataque e quase abriu o marcador quando Douglas acertou um ótimo chute de canhota, no bico direito da grande área exigindo uma bela defesa de Victor que mandou para escanteio.
Com o passar do tempo o São Paulo, que vinha melhor no jogo, com um a menos começou a se cansar, Ney Franco sacou Aluísio para a entrada do zagueiro Rodolfo, indicando que se contentaria com o empate. O Galo ainda ensaiou uma pequena pressão nos minutos finais do jogo, mas parou nas mãos do experiente capitão São Paulino. No fim, o placar de 0x0 acabou sendo benéfico para as duas equipes, o São Paulo se manteve na liderança e como o próprio Rogério Ceni afirmou, um ponto fora de casa é muito importante e tirar um ponto do Atlético no Independência pode fazer muita diferença no final do campeonato de pontos corridos. Já o Atlético, que está com o foco na Libertadores, manteve a invencibilidade em casa.
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