Um bom dia aos torcedores!
O futebol definitivamente é um esporte apaixonante! E acredito que os torcedores do Atlético-MG sabem bem do que estou falando após o jogo de ontem contra o Tijuana do México.
A equipe mineira entrou em campo ontem com a vantagem de jogar por até 3 resultados diferentes (empate sem gols, empate em 1 a 1 ou uma simples vitória) forçando a equipe mexicana a pressionar o adversário e, diga-se de passagem, até o fez bem nos primeiros 5 minutos de jogo adiantando a marcação na saída de bola do Atlético-MG.
Logo após a rápida pressão inicial do Tijuana, o clube mineiro conseguiu impor o seu ritmo de jogo centralizando suas jogadas ofensivas em Ronaldinho e Bernard enquanto Diego Tardelli e Jô movimentavam-se intensamente para fugir da marcação dos zagueiros Gandolfi (mais catimbou do que jogou futebol) e Ortiz. Mesmo com maior volume de jogo, o Atlético-MG demonstrava muita ansiedade na hora de finalizar as jogadas.
Mesmo o Atlético-MG pressionando e tendo mais posse de bola, aos 24 minutos, Riascos acertou um belo ‘sem-pulo’ colocandoo Tijuana na frente no placar e estádio Independência no mais absoluto silêncio. Há quem diga que seria mais uma ‘amarelada’ do time mineiro e, se tratando de Libertadores da América, até este blogueiro se arriscou a dizer que o Atlético cairia em desgraça a partir daquele momento.
A equipe mineira continuou, com Ronaldinho, Bernard (que esteve abaixo do esperado) mais as descidas de Marcos Rocha (que teve uma bela chance na segunda metade do primeiro tempo em um chute cruzado) e Leandro Donizete, pressionar ainda mais a equipe mexicana, porém continuava esbarrando na ansiedade. A equipe mexicana continuava com sua linha de cinco defensores oferecendo mais campo para o Atlético-MG e tentava sair nos contra-ataques, na maioria das vezes, articulados pelo interessante meia Arce e este, buscando o rápido Riascos que, apesar de não ser habilidoso, levava perigo a linha defensiva do Atlético.
Aos 40 minutos, Ronaldinho levantou a bola na área em uma cobrança de falta e Réver, livre de marcação e até que ‘pego de surpresa’, só teve o trabalho de tocar a bola para o fundo do gol de Saucedo. Este foi o primeiro tempo.
No segundo tempo, logo no início, o técnico Antonio Mohamed, do Tijuana, substituiu o zagueiro Ortis e colocou o atacante Martinez enquanto o Atlético retornou com a mesma equipe. O jogo continuava tenso e por uma boa parte do segundo tempo, o Atlético não conseguia manter a bola no campo de ataque e ainda era surpreendido com as rápidas investidas do Tijuana com seus contra-ataques articulados por Arce e Martinez.
Aos 24 minutos, após falha de Rycharlison, Piseño, que entrou no lugar de Moreno, perdeu um gol incrível frente a frente com Victor e, minutos depois, em cobrança de falta, Arce acertou o travessão do Atlético-MG. A esta altura, a equipe mexicana parecia estar bem próxima de marcar mesmo com a equipe mineira levando perigo ao gol do Tijuana em alguns momentos. Nesta altura, Cuca já tinha sacado Bernard para a entrada de Luan e também sacou Marcos Rocha para a entrada de Josué.
Quando o jogo caminhava para o final, Leonardo cometeu pênalti claro em Aguillar. Me impressionou a coragem do árbitro em marcar uma penalidade máxima nos descontos e contra o time da casa diante das circunstâncias do jogo. Houve bate-boca, pressão e um clima pesadíssimo tomou conta do estádio. Riascos, um dos destaques do Tijuana no jogo, chamou a responsabilidade e, certamente, sacramentaria a eliminação do clube mineiro caso convertesse a cobrança. Victor defendeu a cobrança de Riascos com os pés e, obviamente, a defesa foi comemorada pela torcida como se o time estivesse conquistado o título. Muitos torcedores do Atlético-MG devem estar comentando que a defesa é a arrancada da equipe para o título.
Após o final da partida e com a classificação em mãos, Réver foi expulso. Sinceramente? Aquilo era o menos importante depois de tanta emoção vivida em mais uma noite de futebol. Um esporte ridiculamente apaixonante.
"Olhos atentos,
Olhar do Torcedor!"
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